sábado, 20 de março de 2010

Asaaiaia .




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E ao sair
pras estrelas
eu vou te levar
Com a ajuda da
brisa do mar,
te mostrar onde ir
E ao chegar
te apresento a Lua e o Sol
e no céu vai ter
mais um farol, que é
a luz do teu olhar.
Alalauê, alalauêêê.
Mas cê parece
um anjo
só que não tem
asaaiaia.


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Amanhã, ou melhor, hoje porque já passou da meia noite, né? Hoje, começa o outono. E outono lembra folha, e folha lembra que cada um tem o que é preciso pra voar, sentir o vento. Lembra liberdade.
Outono me lembra cabular aulas de ballet para fazer nada e morrer de medo.
Me lembra não querer assistir a aula chata do Jordy e do Alex, e ir tomar chá com leite.
Lembra tardes de sol com um casaquinho por cima na praia de Santos.
Outono me lembra que ainda tenho o ano inteiro.
Lembro que no outono passado a Cidoca ainda estava aqui, falando qualquer coisa que eu julgava menos importante do que ver televisão, ou ouvindo aquela estação de rádio que era chata pra porr*, e eu fazia questão de mudar só pra ver a cara de brava dela saindo do banheiro ou do quarto (hahaha!). Lembro tanto disso que chego a pensar que amanhã pode acontecer de novo.
Outono me lembra que só falta uma estação pro meu aniversário, e quem sabe nas fotos desse ano eu faça o sucesso que fiz no ano passado?
Penso em ter asas.
Se eu tivesse asas com certeza te visitaria no céu, Ci, e levaria uma porção de gente comigo. porque você faz falta, você deixou vazio, mas um vazio cheio de lembrança e saudade, um vazio a la Cida! :')
Com certeza te levaria pra comer cream cheese no céu, Tó, e pra furar as nuvens, e pra enxergar o caminho, pra não tropeçar nas estrelas (porque de dia elas estão lá e nós não conseguimos enxergar, certo?), pra me proteger do sol e pra saber voltar... (afinal a melhor companhia do mundo, voaria comigo!).
Faria frases de fumaça pras ballerinas mais tristes, e um coral de anjos eu faria cantar a canção preferida delas.
Eu pegaria um autógrafo da Elis Regina pra te fazer sorrir, e pra minha outra ballerina, pegaria uma estrela que perto dela se apagaria, só pra ela ter certeza do quanto brilha nesse mundo.
Tiraria um pedaço de nuvem lilás, daquelas fofinhas, e colocaria no travesseiro da loira, porque se ela já tem sonhos lindos no blog dela, com um algodão doce, daria nó no Chico Buarque e pensaria mais internamente que a Clarice Lispector.
Seria difícil voltar com tantos presentes, mas a gravidade ajuda, só tenho que tomar cuidado pra não perder nada no caminho, e pra não pegar nenhuma tempestade também, afinal um raio poderia me alcançar, e aí eu estaria perdida.
Mas se nem o céu, nem o mar, nem a terra e nem o ar podem me segurar, onde é que eu vou parar?

Hoje, o outono começa e o verão fica pra lá, com lembrança que não para de lembrar.
Hoje, pensamentos mais bonitos, saudade aperta forte, imaginação cresce.
Pra hoje, paz no coração e que as nuvens sejam de algodão.
Namasté!


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" o outono entrou verão adentro
como se o calor perdesse o alento
o sol cansou de ser
o centro "
Adelaide Amorim

Um comentário:

Unknown disse...

Vc é genial chorei lendo de verdade...eu não quero o autografo quero ir junto...vou dar um abraço nela e uns mil em vc...te amo demais minha sis...