sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

. Completamente Nua .



...assim você repara em mim...

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Te olho nos olhos e você reclama
Que te olho muito profundamente.
Desculpa,
Tudo que vivi foi muito profundamente.
Eu te ensinei quem sou.
E você foi me tirando,
Os espaços entre os abraços,
Guarda-me apenas uma fresta.
Eu que sempre fui livre,
Não importava o que os outros dissessem.
Até onde posso ir para te resgatar?
Reclama de mim,
como se houvesse possibilidade...
De me inventar de novo.
Desculpa...
Desculpa se te olho profundamente, rente à pele.
A ponto de ver seus ancestrais, nos seus traços.
A ponto de ver a estrada,
Onde ficam seus passos.
Eu não vou separar minhas vitórias
Dos meus fracassos!
Eu não vou renunciar a mim;
Nenhuma parte, nenhum pedaço do meu ser
Vibrante, errante, sujo, livre, quente.
Eu quero estar viva e permanecer
Te olhando profundamente.
.
.
.
Estar nua pode ser como estou sempre aqui. Idéias soltas, sem conclusão. Um telefonema desesperado, um aviso atrasado. Muitas horas de conversa, um beijo na minha testa. A pele sem protetor solar num dia de sol a brilhar. Amigos de verdade, irmão de vaidade. Um pouco de força e muito de amizade. A tarde toda e a maior felicidade.
Nua, porque não como esconder a imperfeição. Não existem fechaduras, portas ou ziperes. Tudo o que vê é o que sou.
As vezes você pode assustar alguém, dizendo que se sente nua. Mas os que valem a pena, não deixaram que estar nua afete qualquer escolha sua.
Beijo!

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