domingo, 5 de outubro de 2008

. Ela quer ir pra casa .


Hoje que quero a rua cheia de sorrisos francos,
de rostos serenos, de palavras soltas,
eu quero a rua toda parecendo louca
com gente gritando e se abraçando ao sol.
Hoje que quero ver a bola da criança livre,
quero ver os sonhos todos nas janelas,
quero ver vocês andando por aí.
Hoje eu vou pedir desculpas pelo que eu não disse,
eu até desculpo o que você falou.
Eu quero ver meu coração no seu sorriso,
e no olho da tarde a primeira luz.
Hoje eu quero que os boêmios gritem bem mais alto,
eu quero um carnaval no engarrafamento,
e que dez mil estrelas vão riscando o céu
buscando a sua casa no amanhecer .
Hoje eu vou fazer barulho pela madrugada,
rasgar a noite escura como um lampião,
eu vou fazer seresta na sua calçada,
eu vou fazer misérias no seu coração.
Hoje eu quero que os poetas dancem pela rua
pra escrever músicas sem pretensão,
eu quero que as buzinas toquem flauta-doce,
e que triunfe a força da imaginação. #
.
Quero viver e ser como eu era quando tinha essa idade, porque ninguém se preocupa com a vida com 4 meses, ninguém se preocupa com o que disse, o que deixou de dizer, o que fez e o que tem de fazer.
Meu mundo ficou louco, completamente maluco. Eu não sei o que quero e tenho certeza do que gosto. Tudo ficou claro, o medo apareceu e eu acho que entendi. Eu vou, eu vou seguir. Se for pra mudar pra longe, pra permanecer por perto, se for pra ir por um caminho de miséria, se for pra ser rica de memória e de prazer, mesmo que não se possa envelhecer. Em breve, se for, será.
Ahh, tá tudo de cabeça pro ar...
E agora eu preciso estudar!
Beijo!

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