terça-feira, 31 de março de 2009

Parece vazia sem teu balé .




O moço toca flauta enquanto ela lembra das virtudes

Esquecidas nas cavernas de seu coração. a melodia vai

Ecoando por toda parte, desde os ouvidos até o pulmão.

Ela tropeça nela mesma enquanto se enternece com o som

Raro daquela flauta. e a tristeza transversal que até

Então lhe preenchia dá lugar a uma euforia luminosa,

Assim sem razão de ser, mas já sendo.


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DANCE!
Vou dançar, nem que o planeta pare de girar.
Vou dançar nem que as estrelas parem de brilhar.
Mesmo que me digam que não, que não sei dançar, não importa, eu irei dançar com a força do meu mais temido choro. Eu vou dançar com a paciência que não tenho, me esforçar com a dedicação que não fiz. Enfrentar os mestres, desejar o bem, ir mais além.
Hoje eu vou dançar, antes que o dia amanheça, antes que eu me esqueça, antes do sol se pôr, sem minha energia repor.
Vou dançar mesmo magoada, dançarei mesmo machucada. Quebrada, imobilizada. Nada pode me segurar, nada vai me impedir.
Não há física, não há humanidade, sociedade ou limite que me faça desistir, hoje, eu vou dançar como se não existisse amanhã.
Vou rasgar meu tendão, sentir no coração. Subir a minha perna, estender a minha mão, levitar num salto grande, não ter medo de cair no chão. Girar três vezes sem bater cabeça e mais três quando certo eu fizer.
Vou aprender a conviver com a dor, treinar minha mente, dançar consciente. Hoje eu vou ser bailarina e que amanhã por favor não seja um sonho.
É tudo o que eu quero e tudo o que eu preciso.
Dançar.
;*

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Nossa casinha pequena,
parece vazia sem teu balé.
Sem teu café requentado,
soldado de chumbo não fica de pé.

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