domingo, 26 de junho de 2011


"Eu queria fazer um poema
pra impressionar aquela menina
No fim do dia eu tinha
papéis no canto, cicatrizes e uma sina.
Mas já era tarde
quando me dei conta dessa rima.."


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"Quando eu lhe dizia:
me apaixono todo dia e é sempre a pessoa errada..
você sorriu e disse:
eu gosto de você também!
só que você foi embora.."

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domingo, 19 de junho de 2011

Um sonho a mais.


Foto de Rodrigo Alves no curso " PiraProDança" dos
dias 04 e 05 de Junho de 2011 em Piracicaba.

Como disse Érico San Juan em seu blog:  http://ericosanjuan.blogspot.com/2011/06/quem-tem-um-sonho-nao-danca.html
"Quem tem um sonho não dança?"
(agradeço ao post pela inspiração que não tinha a meses, e também ao Érico querido pelas palavras sobre o curso deste fim de semana.)

E essa pergunta me faz pensar em outra pergunta:
Quem tem uma dança não sonha?

O curso deste fim de semana foi mais que apenas um curso e uma prova de saberes sobre a história da dança. Foi uma reunião de pessoas interessadas em discutir dança, discutir o hoje, discutir o amanhã. Pessoas de áreas diversas, idades diversas e pensamentos diversos sobre um mesmo tema, mas todos receptivos e com vontade de estar presente, de se fazerem presentes.
   Confesso que o meu frio na barriga quando estava chegando em Piracicaba era intenso e que tive mil pensamentos sobre o que eu estava fazendo ali, se deveria estar ali, e agora, 24h depois, digo com a maior certeza do mundo que aquele lugar parecia muito o meu lugar. Uma sensação de pertence que não sentia há algum tempo, nem mesmo dançando nas 4h por dia nas aulas na Universidade, nem mesmo lendo os livros que custo a comprar.
   Senti que o mundo é amplo, que não danço em uma laranja.
   Senti que o que fervorosamente estudo é realmente sério, e não só levado a sério por mim, mas por muitos, e muitos que se relacionam no sentido de se encaixar, e não de se anular.
  Senti que posso continuar a minha dança e a sonhar com ela, porque existe algum lugar pra quem tem vontade de estar em algum lugar.

  Engraçado, depois de discutir com todos o quanto um professor era responsável por incentivar ou destruir o sonho de um aluno, o que sinto é que este final de semana teve a mesma função comigo, como um curso-professor, onde todos influenciaram, na sua maneira, pelo meu sentimento sobre como levar essa vida.
  E meu leque de possibilidades de repente se abriu, eu vi milhões de opções e de futuros, eu vi mais do que o habitual, eu não tive mais medo.

  Pra sonhar mais longe, estudar mais perto, discutir o meio.
  Porque quem dança tem um sonho, e quem tem um sonho inevitavelmente dança.